Já faz tempo que me permito contestar as relações familiares.
Não milito em frente ao quarto dos meus pais, até porque eles nunca o permitiriam. Mas observo. E tenho visto uma frequente degradação do conceito da instituição família.
Sem fazer referência à pais que se separam, já que muitas vezes é realmente o melhor caminho. Me refiro as famílias em degradação.
Agora, traição e mentiras parecem ser tão comuns quanto almoçar aos domingos.
E trair, num sentido bem amplo, deixando de ser apenas infidelidade entre parceiros.
Parece que respeito e nenevolência estão fora de moda. Não se vê mais uma ordem expressa e incontestável dos pais, tudo é da maneira que o mais forte deseja.
Talvez eu tenha crescido em um círculo ainda bastante tradicional, mas não tente crer um minuto se quer em uma família sem diálogo. Mesmo não tendo afinidade de gostos igual com todos os membros, nunca deixei de tê-los como guia.
Tradicional é uma família com hierarquia. Os mais velhos mandam, os mais jovens obedecem. Nada de crianças irritantes e birrentas berrando pelos corredores do mercado, ou adolescentes humilhando os pais. Falo do reconhecimento da vivência e a atenção ao outro.
Hoje os pais não tem mais tempo para os filhos, o trabalho, a vida social, os amigos, a malhação ocupam um tempo muito maior e mais interessante do dia. Deveriam então comprar peixes. Esses sim, ficam lá, no aquário e dependendo da espécie nem será nescessário alimentar todos os dias. E sempre que seus amigos forem em casa, você vai poder se gabar do quanto gasta com cada um.
Suvaqueando 